Reciclando atitudes

Autora: professora Cristina Aparecida do Carmo Bauchrowitz, 5º ano

 A turma do 5º ano vem desenvolvendo este ano de 2019 um projeto sobre reciclagem. Esse projeto tem como objetivo não só reciclar materiais, mas reciclar atitudes. Dentro deste propósito realizamos várias atividades de pesquisa e estudos já postados.

Nesta última semana tivemos a participação de uma funcionária da escola, Dona Inês, um exemplo de mulher batalhadora e consciente da responsabilidade que cada cidadão precisa ter com o meio ambiente. Ela nos relatou sua experiência de trabalho em uma cooperativa de coleta de materiais recicláveis, ressaltando a importância de cada um dar destino certo ao seu “lixo”, o quão importante é separar os materiais, higienizar embalagens, armazenar do jeito correto para evitar mau cheiro, insetos, acidentes...

 Durante sua fala os alunos a observavam, faziam anotações e ao final fizeram perguntas aproveitando o máximo o conhecimento da Dona Inês. A aluna Larissa além das anotações também fez um desenho da Dona Inês e a presenteou.

Acredito que essa oportunidade de ouvir quem sentiu na pele quão árduo e importante é o trabalho de coletar, separar e reciclar materiais descartados pela população e considerados “lixo” contribuiu muito com a aprendizagem e conscientização dos alunos quanto ao objetivo do projeto desenvolvido: Reciclar atitudes. Atitudes de respeito com o outro e com o meio em que vive.

A “vida” do nosso planeta está em perigo e é com certeza nossa responsabilidade proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre o compromisso do homem com o cuidado e preservação da vida.
Trazer realidade como o relato da Dona Inês para dentro da sala de aula torna a aprendizagem mais significativa.

Anotações dos alunos sobre o relato da Dona Inês
“O alumínio das latinhas, dos frascos de desodorante e panelas são vendidos  para pagar o salário das cooperadas. Hoje em dia com a instalação das esteiras o processo de separação  dos materiais ficou melhor, Dona Inês nos conta que antes elas batiam as tampinhas dos frascos de “Rexona” nas mesas, assim a latinha/alumínio ia para um destino reciclável e o plástico da tampa ia para outro. 

Os micro-ondas quebrados eram desmontados  e mandado para outro destino de reciclagem.” 
Aluno: Gustavo Kremer

“Minhas perguntas à Dona Inês e suas respostas: 

1. Qual é o destino das fraldas? R. Levamos para o lixão. 
2. Vocês usavam equipamentos para pegar no lixo? R.Não, era só a luva e a máscara. 
3. A senhora já se machucou com o lixo? Sim, tenho marca desse machucado no meu dedo, pois ao pegar lixo de dentro de uma sacola que tinha uma lâmpada quebrada e eu não sabia. Cortei feio o meu dedo. 
4. Quando vocês se machucavam podiam sair do trabalho? R. Sim, mas eram machucados graves que mesmo pequenos tinham risco de infecção.”
Aluno: João Vitor

“Minhas curiosidades: 

Dona Inês você trabalhou quantos anos na cooperativa do lixo e quanto você ganhava? Por alguns anos com um salário de oitocentos reais, mas isso dependia da saída dos materiais, pois acontecia de ficar meses sem receber.”
Aluna: Erika Gregianin

“Acho isso importante: Vocês usavam equipamentos, por exemplo: para não ter contato direto com lixo? Luvas de borracha e máscara.”
Aluna: Thaeny Correia







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